Gênero textual: Artigo de opinião
O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao âmbito jornalístico e tem por finalidade a exposição do ponto de vista acerca de um determinado assunto. Tal qual a dissertação, ele também se compõe de um título, um parágrafo introdutório o qual se caracteriza como sendo a introdução, ao explanar de forma geral sobre o assunto do qual discutirá.
Posteriormente, segue o desenvolvimento arraigado na desenvoltura dos argumentos apresentados, sempre tendo em mente que esses deverão ser pautados em bases sólidas, com vistas a conferir maior credibilidade por parte do leitor. E por fim, segue a conclusão do artigo, na qual ocorrerá o fechamento das ideias anteriormente discutidas.
Posteriormente, segue o desenvolvimento arraigado na desenvoltura dos argumentos apresentados, sempre tendo em mente que esses deverão ser pautados em bases sólidas, com vistas a conferir maior credibilidade por parte do leitor. E por fim, segue a conclusão do artigo, na qual ocorrerá o fechamento das ideias anteriormente discutidas.
Aprendendo a inverter valores e defender o indefensável
Vivemos em um país de valores invertidos, onde existe uma guerra urbana e social contra a violência diária, contra a marginalidade que cresce assustadoramente, contra a criminalidade que aumenta gradativamente em todo lugar. O Estado se mostra cada vez mais ineficiente para enfrentar tais problemas e por isso produz cada vez mais programas que não apresentam resultado algum. Um deles, que visa proteger a sociedade e ao invés disso deu maior segurança aos bandidos, consequentemente, inverteu os valores, é o desarmamento.
O desarmamento foi executado pelo Governo Federal, contra a vontade popular e demonstra ser inútil em reduzir a criminalidade no país, deixando cada vez mais a população órfã de proteção. Foi retirada da população brasileira a pouca proteção que ainda lhe restava. Devido ao Estatuto do Desarmamento, os marginais estão cada vez mais armados. Enquanto foi retirado do cidadão de bem o poder de se defender, o bandido por sua vez, facilmente consegue armas até mesmo aquelas que possuem alto poder de fogo, para se defender da Polícia, atacar o povo e ferir e criar o caos no país. Essas armas oriundas dos mais diversos países, entram pelas nossas grandes e mal guarnecidas fronteiras e chegam às mãos dos bandidos de maneira inexplicável.
Os fatos violentos que ocorrem diariamente em todas as regiões do país, demonstram que os discursos e as notícias desarmamentistas apenas iludem o povo e parecem ser um exército de mentiras, que tem na linha de frente a diminuição dos homicídios eventuais por desavença ou domésticos, executados dentro das comunidades por meio de arma de fogo, por meio dessa estratégia é encobrido o aumento latente da criminalidade dos outros tipos penais. Apesar de o número de homicídios cometidos por arma de fogo nos casos citados ter diminuído, aumentou substancialmente o índice do mesmo crime ocasionado por arma branca ou outros meios, comprovando então, que o cidadão quando quer, mata o seu desafeto de qualquer jeito.
Com o Estatuto do Desarmamento, os índices de criminalidade no país pioraram. Os números do Mapa da Violência, que recebem a chancela do Ministério da Justiça, são claros: nos onze anos já computados após a vigência do estatuto (2004 a 2014), a taxa média de homicídios no Brasil foi de 26,80 a cada 100 mil habitantes – acima dos 26,44 por 100 mil dos nove anos anteriores a ele (1995 a 2003). Usando o mesmo mapa, que traz o indicador dos homicídios com armas de fogo até o ano de 2010, elas foram usadas, após a lei atual, em 245.496 dos 346.611 casos de homicídio registrados no período (2004 a 2010), ou seja: depois do estatuto as armas de fogo estiveram presentes em 70,83% dos homicídios. Antes dele, paradoxalmente, o número era significativamente menor: de 1997 a 2003 (mesmo período de sete anos) as armas de fogo foram usadas em 211.562 dos 319.412 homicídios registrados, ou 66,23% do total.
O cidadão de bem fica cada vez mais dependente da Polícia. Porém, em virtude da falta de contingente adequado, de uma maior estrutura, de uma melhor organização e de um verdadeiro incentivo com salários condizentes aos seus membros, a polícia não consegue romper tais obstáculos e sempre é considerada culpada erroneamente por inoperância pela nossa sociedade, como se fosse a única responsável por tal situação. Policiais são frequentemente mortos no cumprimento do dever por criminosos possuidores de armas, enquanto isso a mídia tendenciosa e os direitos humanos, defendem os marginais, afirmando que agem assim porque são vítimas do "sistema", enquanto os indivíduos que se defendem usando armas de fogo são, estes sim, elementos violentos. Um exemplo famoso de como o Estado age perante essa situação, é o de uma senhora de 86 anos cuja casa estava sendo assaltada, em Caxias do Sul (RS). A senhora pegou um revólver calibre 32 que possuía em sua casa e conseguiu matar o ladrão a tiros. Como a arma não tinha registro, ela foi indiciada e se tornou ré, apesar de ter somente tentado proteger sua vida e seu patrimônio.
O cidadão de bem atualmente não passa de um alvo. Um alvo desarmado e sem o direito de se defender do marginal sempre bem armado. Um alvo que precisa agradecer ao bandido por apenas lhe levar seus bens materiais. Um alvo que sempre irá esperar por uma aparição milagrosa da polícia. O estatuto do Desarmamento não é e não será efetivo enquanto não tivermos uma séria e contundente política de combate ao crime organizado, enquanto não colocarmos em presídios de segurança máxima os grandes traficantes de armas e drogas, enquanto não prendermos as pessoas inescrupulosas que dão total suporte e proteção aos traficantes e enriquecem sob a soberania desse crime, enquanto não conseguirmos enfim proteger as enormes fronteiras do nosso país desses criminosos, impedindo assim a entrada de armas no Brasil.
Kalebe Oggioni